Ergonomia, Qualidade De Vida, Saúde e Segurança do Trabalho

Ainda hoje, as pessoas, de modo geral não sabem o que é ergonomia. Ligam a palavra ergonomia apenas aos mobiliários, leiaute, posturas, ginástica laboral, ou ainda às LER (Lesões por esforços repetitivos), hoje conhecidas também como DORT (Doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho). Uma visão sistêmica da disciplina será apresentada, bem como, a importância da relação entre o trabalho e o trabalhador, que afeta todo o processo das empresas. É necessário incorporar não só os aspectos físicos e ambientais, mas também os cognitivos, sociais, psíquicos e organizacionais, para se dar conta da dimensão do trabalho.
Apesar de a ergonomia ter como base outras disciplinas formadoras do pensamento ergonômico clássico, como: engenharia, medicina, filosofia, fisiologia, seu desenvolvimento trás um delineamento próprio, que conduz a ergonomia a uma disciplina de aplicação prática, que visa resolver problemas relativos a condições de trabalho, equipamentos, mobiliários, adaptação de ferramentas, organização, cognição e aspectos psicossociais.
Os riscos para a Saúde e a Higiene no trabalho podem ocorrer de várias fontes. O ruído, as substâncias tóxicas e possíveis doenças de algum colega, o local de trabalho com máquinas desprotegidas, chão escorregadio, iluminação, calor, frio sem os equipamentos adequados, e entre outros por isso é preciso, conscientizar os funcionários da importância do uso dos EPIs, luvas, máscaras e roupas adequadas para o ambiente em que eles atuam. E também o local de trabalho deve estar sempre limpo e arejado e os trabalhadores devem conservá-lo e preservá-lo. Além disso, cada empresa pode originar riscos diferentes para a saúde dos trabalhadores, dependendo do que produz. Por exemplo, nas fábricas de tintas, os trabalhadores devem proteger os olhos, o nariz e a boca. As empreses devem possuir exame médico ao trabalhador no momento da admissão, exames periódicos, exames ocasionais, ter em conta os possíveis riscos que possam surgir na empresa e proteger os seus trabalhadores. Nos dias atuais, com a correria do dia a dia, principalmente no ambiente de trabalho, onde existe pressão de todos os lados, na busca por excelência, em prazos cada vez mais curtos é constante a preocupação sobre algo muito importante à segurança do trabalho. Tema esse, onde, devemos lembrar que todos nós temos nossa parcela de responsabilidade, o governo no seu papel de legislador e fiscalizador; o empregador que é responsável pelo o ambiente de trabalho, de forma a preservar a saúde e a segurança do trabalhador e o próprio trabalhador que deve cumprir com as normas regulamentadoras.
Com a evolução dos movimentos sociais, em especial os sindicatos dos trabalhadores, os problemas ligados à organização do trabalho (pressões, ritmos, conteúdo das tarefas, autonomia, relação entre colegas, gerência e subordinados) foram apontados pelos estudos nos anos 1980, e até hoje estão em voga, e são questões que preocupam tanto os trabalhadores, quanto os gestores. A relação trabalho x organização do trabalho impacta tanto na produção, quanto na saúde dos trabalhadores.
Cada vez mais se percebe nos indivíduos a ocupação e apropriação nas e das carreiras e consequentemente se torna imperativo a qualidade de vida. Ao refletir sobre a tomada de tempo que se despende para o trabalho, nada mais justo e razoável que as ações estejam voltadas para que o trabalho seja objeto de prazer e realização. Somente entendendo o trabalho sob uma perspectiva de realização e algo produtivo, que tenha significado e sentido que viabilizará a sua prática de modo agradável.
Sabe-se que o trabalho tem muitas vezes ligação direta com a subsistência. Nesta perspectiva não há como facultar seu exercício, mas há possibilidade de interpelar a satisfação deste como fator que agrega à qualidade de vida. Daí, nasce a conciliação da gestão da qualidade de vida com e no trabalho, quando se percebe que o trabalho é algo impregnado e indissociável da vida pessoal do indivíduo.

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